São-pedrense egresso da UFSM desenvolve pesquisa com a Nasa utilizando inteligência artificial

São-pedrense egresso da UFSM desenvolve pesquisa com a Nasa utilizando inteligência artificial

Foto: Relatório público do NTSB (EUA)

O mapa mostra a área de decolagem, as rotas de voo e o local da colisão, um exemplo de material disponível no sistema da Nasa e que é usado pela Inteligência artificial.

Imagine prever acidentes aéreos e identificar os problemas recorrentes durante os voos. Essa é a tecnologia que está sendo desenvolvida por Bruno Ziegler Haselein, em conjunto com a Agência Espacial Americana (Nasa). O pesquisador de 31 anos nasceu em Santa Maria, mas cresceu em São Pedro do Sul. Formou-se em Engenharia Mecânica na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), local em que nasceu o interesse na pesquisa sobre mobilidade. 


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Haselein está finalizando o doutorado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e, durante o trajeto, buscou contribuir com soluções para minimizar os acidentes aéreos e melhorar o sistema de voos. A proposta surgiu a partir da avaliação dos dados da própria Nasa. Foi observado que havia mais de 2 milhões de ocorrências aéreas que não estavam sendo exploradas. Informações tanto da parte mecânica da aeronave, quanto dos fatores humanos envolvidos, como fadiga. Outro exemplo é a condição climática. 


– Entramos com a proposta de utilizar essa inteligência artificial para, a partir dessa grande quantidade de dados, aprender a identificar padrões. Transformar esses dados em informações úteis. E, com isso, utilizá-las para melhorar as soluções obtidas até aqui – explica Haselein. 


Como funciona a tecnologia

Outro exemplo de dados disponíveis ao sistema é essa imagem mostra a vista do cockpit do DHC-3 um segundo antes da colisão. Foto: Relatório público do NTSB (EUA)

O sistema deve ser amigável. Quem trabalha com tráfego aéreo, e até os pilotos, precisam conseguir manipulá-lo. O objetivo é ter um modelo que consiga cruzar informações distintas, além de dados da mecânica da aeronave. Devido à complexidade desse cruzamento, resolveram usar a inteligência artificial (IA). 


– A IA tende a ser bastante útil. Foi feito uma revisão sistemática e, após 25 testes, optamos por um caminho. Por exemplo, podemos escolher um trajeto e projetar qual a probabilidade de incidentes durante o voo. E não é só colisões. Ele pode ver outras variáveis. Quem trabalha com tráfico aéreo pode prever e já simular alguma medida corretiva, como mudança de rota. E se algo já ocorreu, é viável ter um diagnóstico – complementa o pesquisador.


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Aplicações 

O pesquisador lembra que é um protótipo. Por enquanto, os especialistas percebem alguns locais possíveis em que a tecnologia pode ser aplicada. Uma delas é no setor governamental, para identificar falhas no espaço aéreo. Outro ponto é o uso pelas linhas aéreas, como identificação de risco.  


A expectativa do doutorando, que está próximo de defender a tese, é continuar trabalhando no sistema, mesmo após o término do período. Ele espera melhorar o que já foi criado, talvez em uma pós-graduação. 

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